quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Determinado, sério e extremamente charmoso! Com vocês… Guilherme Winter

Muito mais que um galã de sua geração, Guilherme é talentoso na arte de desenhar e trouxe esta virtude para o teatro e a televisão


Em que cidade você nasceu, qual bairro?
Nasci em São Paulo, morei no Brooklin, Jardins e Itaim Bibi.

Você tem alguma ligação com a Aclimação?
Sim, minha irmã Mariana mora no bairro e adora.

Como é sua família? Você tem irmãos?
Minha família é tudo para mim, é à base da pirâmide, a estrutura. Tenho mais três irmãos, a Mari, o Wla e a Fe.

Qual a profissão dos seus pais?
Minha mãe é bibliotecária e artista plástica e o meu pai, advogado.

Como foi a sua infância, onde você estudou?
Aproveitei muito a infância! Subia em árvores, jogava bola na rua, andava de bicicleta por aí, fui uma criança livre. Nossa casa era bem movimentada, amigos da escola, meus primos, tios, avós. Minha mãe tinha muitos livros e contava estórias e a gente ouvia muita música, meu pai toca piano e órgão eletrônico. Estudei em alguns colégios: Lourenço Castanho, Brasil Europa e Sacre Coeur.

Quando você pensa nos seus pais o que lhe vem à cabeça? Quais os valores que te passaram?
Meus pais sempre foram muito amorosos, aprendi a respeitar os outros, não julgar ninguém, cuidar bem das pessoas, dos animais, das plantas e buscar sempre fazer o melhor.

O que você gostava de fazer na adolescência?
Andava muito de skate, jogava basquete, nadava, gostava e gosto de fazer esportes. Mas, futebol foi à maior paixão, quase virei jogador profissional!

Quando você percebeu que queria ser artista?
Por volta dos 13, 14 anos, eu já desenhava, depois fiz curso na Escola Pan Americana. Acho que herdei o dom do meu pai, ele também desenhava e tinha um traço muito bom.

Você toca violão?
Sim. Comecei a tocar guitarra com um amigo que me dava aulas, mas vi que ia demorar muito para aprender, eu queria mais dinamismo, queria fazer uns acordes, aí parei “as aulas”, peguei emprestado o violão do meu irmão e com as tentativas diárias fui aprendendo sozinho. Um dia, comprei um songbook dos Beatles, e, então, comecei a tocar e cantar. Com disciplina e persistência, me desenvolvi. Hoje eu também componho algumas músicas com meu compadre e tocamos para os amigos.

Como foi o processo para você se tornar um ator?
Com o desenho sempre tive muito apoio. Mas, até virar ator foi um longo processo – eu havia largado a faculdade de Desenho Industrial no Mackenzie, pois não era aquilo que queria, então fui trabalhar em um resort na Bahia, com cenografia (Club Med). Minha irmã Mari me incentivou a ir, pois ela também trabalhou lá e disse que seria uma ótima oportunidade para eu me desenvolver, me conhecer melhor. Antes eu estava em São Paulo, vivi uma fase bem confusa, pensava em estudar música, mas ao mesmo tempo tinha uma pressão em casa, meu pai queria que eu fizesse carreira como advogado. Eu tinha 21 anos e estava muito desmotivado, perdido, aí surgiu essa oportunidade e mudou tudo! Trabalhei com pessoas incríveis, que me serviram como inspiração! Foram cinco meses intensos, eu desenhava bastante, criava cenários, fui contra-regra e atuei nos shows. Comecei nos bastidores, pegando no pesado. A habilidade com o desenho me conduziu até o teatro e ali descobri que queria ser ator, que queria estudar teatro.

Como foi a sua preparação para ser ator?
Prestei vestibular para USP/EAD, mas não passei e resolvi aceitar um convite para trabalhar no interior de São Paulo, em Avaré, num hotel fazenda, para dar aula de vela na beira da represa. Foi um momento de reflexão, eu precisava me isolar, me reencontrar, foi muito bom. Quando voltei, não queria mais morar em São Paulo, mas ainda demorou um tempo até me mudar para o Rio de Janeiro. Lá fui estudar na CAL – Casa das Artes de Laranjeiras e depois fiz outros cursos para me aperfeiçoar.

Há quanto tempo você está no Rio de Janeiro?
Quase sete anos, passou rápido demais! No ano passado meu irmão também se mudou pra cá.

Como foi sua ida para o Rio?
Naquela época eu estava trabalhando no varejo, era vendedor de uma loja de roupas – a Osklen (trabalhei sete meses na filial de São Paulo e depois consegui uma transferência para o Rio). Cheguei aqui sem saber onde iria morar, com a cara, coragem e o sonho de ser ator.

Sério? Sem saber onde ia morar?
Pois é, as coisas aconteceram de uma hora para outra, quando vi já tinha que estar no Rio!

Você entrou na TV Globo, como foi isso?
Quando saí da Osklen, comecei a fazer alguns comerciais e campanhas, montei um videobook e enviei para a Globo. Passou um tempo e me chamaram para um teste da novela Sinhá Moça, mas não peguei o papel. Surgiram outros testes e fui chamado para fazer a novela “Cobras e Lagartos” em 2006.

Quando a novela acabou, fui convidado para participar da “Malhação” como o professor Thiago Junqueira, onde permaneci por dois anos. Em 2009 atuei na novela “Paraíso” como o jornalista Otávio, uma novela muito gostosa de fazer, nos intervalos das gravações rolava um som, tinham muitos músicos no elenco.

No ano passado fui convidado pela Maria Adelaide Amaral para atuar como o Renato Junqueira, da novela Ti-Ti-Ti, um trabalho muito bom.

Que bacana, e agora o que você está fazendo? Quais são os novos projetos?
Estou na “Dança dos Famosos no Faustão”, fiz uma participação na série “Tapas e Beijos” como o encanador Valdinei e em breve terei mais novidades! Fazer teatro e cinema está entre eles.

Como você vê o teatro, a TV e o cinema? Em sua opinião, qual a importância de cada um destes campos de atuação para o ator?
O teatro é a casa do ator, pois é lá que ele vai se soltar, colocar seus demônios pra fora. No palco, os Deuses estão mais presentes, mais próximos do ator. O Teatro é sagrado.

A televisão é um meio de comunicação de massa, atinge um público muito grande e para o ator isso é interessante, porque gera uma visibilidade enorme, destaca, abre portas, mas o ator não tem muito tempo pra se preparar para um personagem como no teatro ou no cinema, é pauleira um ritmo frenético.

O cinema imortaliza, é mágico. No cinema o ator pode se aprofundar mais, cada detalhe é pensado, é tudo muito caprichado, a luz, a fotografia.

Como você costuma se preparar para um novo personagem?
Procuro estudar e pesquisar sobre cada característica; forma de falar, um trejeito, gestual do personagem, o humor dele, a forma de andar, de se comportar, buscar o máximo de informações a respeito – é uma entrega total.

Que estilos de música você gosta? Quais artistas?
Sou muito eclético! Eu vou da MPB de Chico, Tom, Vinicius, Caetano, Gil… ao Rock ‘n Roll dos Beatles, Elvis, The Doors, bandas mais recentes como White Stripes, Belle and Sebastian, Arctic Monkeys…Jazz, Blues, um pouco de música eletrônica, músicas com uma cara mais experimental como Tortoise, Nick Drake, Lenine, Mutantes, muito Samba, Noel Rosa, Cartola, Roberto Ribeiro, um grande letrista como Paulo César Pinheiro. Ah, e claro Raul Seixas, e por aí vai…

O que você mais gosta de fazer nas horas vagas?
Adoro tocar violão, curtir meus amigos, dar muita risada, ouvir boa música, praticar esportes, ir à praia, andar de bicicleta, desenhar, arrumar a casa também faz parte!

E quando você esta em São Paulo o que você gosta de fazer?
Aproveito para encontrar outros amigos, ir a shows, São Paulo oferece uma grande diversidade cultural, e estar com minha família (só eu e meu irmão moramos no Rio)

Parece que a sua família tem um pé na arte?
Sim é verdade, minha mãe faz artesanatos incríveis, sabe pintar, meu pai desenhava e antes de se tornar advogado participou de algumas Óperas, atuou no rádio e na antiga TV Tupi. E eu e meus irmãos estamos aí, acontecendo, cada um na sua área, todos temos um lado artístico e trabalhamos muito.

Você esta namorando?
Não estou namorando, mas o amor é fundamental! É muito bom estar apaixonado.

Quando você olha para trás, você também deve ter passado por momentos difíceis. Qual foi o pior momento da sua vida?
Acho que foi no tempo dos meus vinte e poucos anos, não saber o que fazer até me encontrar – compreender o que realmente o que eu queria.

O que é sucesso para você?
É fazer bem feito o que a gente se propôs a fazer. Comprometer-se com o seu objetivo de vida, com o seu trabalho, poder trabalhar com os melhores e continuar aprendendo.

Qual conselho você pode dar para quem está começando?
Se dedicar ao máximo – ter os pés no chão porque é uma carreira dura, muito estudo, ler bastante, ser uma pessoa conectada com o que esta rolando, no meio artístico: ir a exposições, teatro, ver filmes e por ai vai, não para. Um ponto muito importante é não se deslumbrar, controlar a ansiedade, não criar expectativas, saber se comportar, ouvir, deixar o ego de lado. Não ter medo de errar, perseverar, foco, e claro, humildade.

Qual foi o momento que te trouxe maior felicidade?
Foram vários momentos. Ter me mudado para o Rio de Janeiro, ter começado a minha caminhada nessa cidade maravilhosa. Felicidade é estar bem com você mesmo, está nas coisas simples.

Como você se define?
Como uma pessoa, que busca os objetivos, que gosta de trabalhar, sou dedicado, realizo. Sou uma pessoa calma posso contar com o apoio da minha família sempre, e ela comigo!

Você tem uma relação especial com sua irmã Mariana, né?
Eu e a Mari somos bem próximos. Ela sempre deu muita força para minha carreira, me ajuda muito, é fantástica. A gente é um pouco espelho um do outro. A Mari fazia teatro na época em que eu estava na faculdade, depois as coisas se inverteram. Hoje ela trabalha com marketing, é super criativa e tem uma incrível visão de carreira. Ela é a minha guru.


Jogo Rápido ...
Um ator… Al Pacino
Uma atriz…Laura Cardoso
Uma inspiração…música
Uma música…Something, The Beatles
Personagem ideal…aquele que você consegue extrair o máximo que ele oferece.
O que mais gosto em mim é… os olhos.
Um desenho…as pinturas de Norman Rockwell.
Não esqueço… as lembranças alegres e divertidas da minha infância.
Não gosto de…de acordar muito cedo.
O Rio de Janeiro é….minha casa.
Adooooro…ir a praia.
Atitude pra você é…agir conforme aquilo que falamos, ter coerência.

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